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A (nossa!) pegada verde

Atualizado: 13 de nov. de 2018

Já que estamos em Dezembro e quase quase nas listas de desejos para 2018, acho muito importante termos um desejo como prioritário: CUIDAR DO NOSSO MUNDO.


Podemos interpretar isto de várias formas: o nosso Mundo pessoal, a família onde nos inserimos, o grupo social a que pertencemos, o local onde moramos, a sociedade onde estamos inseridos, o nosso País, o Mundo.


Sim, hoje quero focar-me no nosso Mundo, aquela bolinha azul e verde que todos conhecemos mas que nos estamos a esquecer de cuidar e que todos os dias nos tem mostrado que não está lá muito contente com o que temos vindo a fazer com ela. [ Lamento Mundinho, mas estamos a tentar ok?]


Desde sempre que me preocupei com o meio ambiente e que impacto teriam as minhas acções nesse mesmo meio mas confesso que com o nascimento da bebé esse factor começou a fazer ainda mais diferença. É ela que vai viver no Mundo que eu lhe vou deixar e isso tornou-se numa preocupação real.

Como quero que esteja o mundo que ela vai habitar? E de que forma posso eu contribuir e passar-lhe os fundamentos para um Mundo um pouco melhor?


Existem várias pessoas que consideram que uma forma ecológica de viver é de “hippies” ou uma utopia. Lamento, é só o que tenho a dizer. Lamento que na realidade este sendo O tema que seja tão banalizado ou reduzido a tão pouco.


Essa é uma forma muito egoísta de ver o Mundo e o presente. Eu vivo aqui e agora, o resto não interessa. Pois bem, é neste aqui e agora que vamos ditar o futuro de muitas espécies, incluindo a nossa própria e por isso eu quis [e quero!] deixar a minha “boa” marca.


Quantos planetas seriam necessários para manter o seu estilo de vida? Essa é a questão proposta pelo conceito de pegada ecológica, um dos principais indicadores de sustentabilidade do mundo. Esta pegada, apesar de parecer contraditório, é pior quanto mais intensa for e essa intensidade aparece associada aos maus hábitos de consumo.


Apesar da reciclagem ser uma fonte de emissão de CO2 a verdade é que nos surge como a primeira vez que percebemos que “podemos fazer algo pelo ambiente”, logo em criança. Talvez seja onde todos nós começamos mas algures no tempo perdemos a noção de que outras pequenas coisas também fazem toda a diferença. Igualmente comportamentos como tomar ” banho depressa para não gastar água!” ou a não usar as luzes quando temos um sol a brilhar lá fora, foram-me sendo passados de geração em geração e esses não custam e iremos manter.



Passado pouco tempo e também motivado por alergias constantes, deixei os pensos higiénicos e tampões passando a usar um copo menstrual da marca Lunette. Apesar de soar [apenas um pouco] estranho, a verdade é que para além de todos os benefícios ecológicos tem igualmente benefícios para a saúde que no meu caso foram notórios desde a primeira utilização, para não falar que se torna bastante mais higiénico.

Para além disso, o benefício a nível de poupança imediata é fantástico dado que este copinho dura nada mais, nada menos que 10 anos. São muitos pensos higiénicos e tampões, certo?!


De qualquer forma e para quem essa opção lhe possa parecer estranho também existem os pensos higiénicos reutilizáveis que podem ser uma das opções a considerar.


Passei também a reduzir ou evitar o uso de plástico em casa.Por uma razão de saúde mas também pelo plástico ser altamente poluente. Junção perfeita, diria eu…


A nível de saúde prende-se com a existência de Bisphenol A (BPA) que são toxinas que em contacto com os alimentos, os contaminam principalmente se aquecidos.Um estudo publicado em 2011 na revista Environmental Health Perspectives, demonstrou  que mesmo durante uma lavagem no lava-loiças, a composição de 95% dos utensílios de plástico se torna menos estável, podendo haver libertação de partículas dos utensílios lavados para os alimentos quando utilizados, para não falar do facto de ter impactos reais para a saúde e reprodução.


Infelizmente esta toxina não está apenas presente nos plásticos como também nos enlatados devido ao cobre que os reveste, sendo que as bebidas em lata aparecem menos expostas ainda assim que a comida.

Aqui a forma de contornar é fácil, o consumo deve ser o mais fresco ou congelado possível, utilizar recipientes de vidro, porcelana ou aço inoxidável especialmente para alimentos ou utilizar recipientes BPA free que já existem vários fabricantes que os fazem.

Esta escolha é de maior importância, diria eu, na escolha de materiais para os nossos bebés ou crianças.



Assim rapidamente, e porque era uma marmita lover, passei a utilizar para levar o meu almoço recipientes Black & Blum que para além de ecológicos eram super giros e até dava vontade de os comprar a todos. Aliado a isso comprei, claro, as  garrafas de água para por água aromatizada ou chá e beber durante todo o dia, evitando assim o uso do plástico. Sempre que posso e em tudo, evito plásticos. Não foi à toa ( não só mas também…) que a minha bebé não teve biberões de plástico.


Após o nascimento da Maria fazia-me confusão o tema das fraldas. Sabiam que as fraldas descartáveis demoram cerca de 500 anos [ leram bem…!] a desaparecerem da face da terra? E não estou a falar de 500 fraldas, estou a falar de apenas uma singela fralda demora esse tempo todo a decompor-se. É muito tempo…


Nesta fase optei por fraldas “um pouco” mais ecológicas e que reduziam para 14 anos esse tempo de vida na Terra, as Bamboo Nature. Ainda assim achava que não fazia sentido…

As fraldas continuavam a ser algo ” artificial” e se até eu tinha alterado para uma alternativa mais ecológica e saudável, porque motivo não procura isso para a minha filha? Aqui, e depois de entrar na Ecological Kids à procura das “minhas fraldas”, surgiu a ideia de fraldas reutilizáveis mas apesar de já ter ouvido falar, sentia-me um pouco céptica e confusa.


O tempo a aceitar esta ideia na minha cabeça demorou na realidade o tempo de ouvir mães a falarem sobre isso numa tarde e decidir comprar as bem ditas fraldas. Foi o melhor que fiz…

Actualmente já existem opções neste universo de fraldas reutilizáveis que facilitam a sua utilização e parecem quase fraldas normais mas que se lavam praticamente na máquina. Confesso que dado a minha baby não fazer os cocós na fralda, também facilitou a sua utilização… Seja como for, deixam de existir aquelas vezes em que temos o belo do cocó até ao pescoço [sim, deixa mesmo de acontecer!]. Ela nunca mais assou nem teve qualquer problema de pele naquela zona.


E não me digam que usar aquelas pastas cheias de porcarias e afins para ” o bebé não assar” em cada muda de fralda é melhor do que não usar rigorosamente NADA, simplesmente porque não assa. Acho que é um bom indicador de que alguma coisa estamos a fazer bem, certo?



Não propositado mas algo que veio contribuir também para que diminuía esta pegada foi o facto de ter diminuído o consumo de carne. Sim, na realidade o custo para o ambiente desta diminuição de proteína animal é discutível mas sabemos que a produção de proteína animal a nível de quantidade implica mais gasto de recursos para alimentar uma pessoa que a produção de vegetais ou fruta na mesma proporção.

Neste novo ano, desafio-vos para o seguinte: leiam sobre este tema, vejam de que forma podemos todos contribuir e melhorar. Escolham durante o próximo ano, por mês, uma coisa para alterarem nos vossos hábitos de consumo e poderem contribuir para melhorar o nosso ambiente. Fica aqui uma sugestão.

Fácil não?


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Make it easy & be a happy mom!:)

Credit foto to: Wilco Van Meppilen, Brandon Green e Frant Zou Fleurine

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